O álbum ‘Palavras Preta’ contém 08 faixas e conta com a produção de DJ Tony Di.
Palavra Preta do MC e DJ LLOBATO, traz reflexões, atitude, respeito, amor, auto estima, acúmulos, favela, luta contra o racismo, visão de mundo e coragem para tempos caóticas na sociedade brasileira; além de questionar, propor caminhos de lutas e conexões entre o RAP, o Hip–Hop e a FAVELA, construindo lugares e caminhos de afeto, empatia, compartilhando estratégias de combate contra mazelas sociais que abalam a periferia, sobretudo a população preta e favelada. O álbum é o primeiro lançado pelo artista.
RAP FAVELADO – RAIZ 90
Convidados e colaborações neste álbum a parceria com o DJ Tony Di (Ex 509-E), responsável por
toda produção e finalização do álbum, e ainda o incrível refrão na música “Mantendo o Clima” e Amanda NegraSim, na música “Nu Balanço”, com quem DJ LLobato tem parcerias em outras músicas e projetos autorais, que recentemente lançou o álbum AfroQueen Sounds com algumas colaborações do artista.
Palavras Preta tem sangue pesado das favelas e periferias da zona sul de SP, o hip-hop como plano de fundo, estiloso como os clássicos que DJ Llobato sempre ouviu desde sua infância, com fortes inspirações em músicas discoteca angolana, onde o artista fez intercâmbio cultural em 2017, passando pelas cidades de Benguela, Luanda, Dombie Grande. A voz, e seu canto, rima e versos, guias que falam do sagrado de matrizes afro-brasileiras em diáspora e do seu culto rito ao Ifaísmo.
Descrevendo seu RAP, como simplesmente RAP!
HISTÓRIA
Antes de tudo vale lembrar que o DJ LLOBATO cresceu nas favelas da Vila Joaniza, onde reside há mais de 40 anos, filho de mãe nordestina do interior do Maranhão da cidade de Palmeirandia do povoado do Cruzeiro, e do pai do Sul de Minas Gerais, da região de Mercês.
Aprendeu a ouvir RAP ainda na sua infância nos final dos anos 80, aos 10 anos de idade já curtia bailes blacks nas favelas da Vila Missionária, Buraco do Sapo e Jd Selma. Nesta época o artista morou por 7 anos entre as comunidades da Caixa D´Água e Buraco do Sapo, nesse meio tempo; morou nas ruas Carlos e Delfino Facchini, conheceu de perto a “Função” e os bailes de rua.
No início dos anos 90 o artista muda com sua família, para onde hoje é a comunidade Favelinha City – Joaniza (Favela do Sacolão). Hoje o artista reside e mantém o projeto do Núcleo de Formação Cultural Favelinha City – Joaniza Biblioteca Comunitária Luiza Mahin. O artista atualmente grava músicas, clipes, sessões de fotografia, oficinas culturais, realiza e produz festivais de cultura e música. DJ Llobato, é também MC, Produtor Cultural, Empresário Criativo, e Técnico em Serviços Públicos pela Etec Cepam USP SP, produz Livros, Cds, Vinis e Clipes. Trabalhou juntamente com mais de 200 artistas e coletivos na construção e fortalecimento de políticas públicas culturais com foco na juventude preta, periférica e favelada da Cidade de São Paulo.
20 Rimas
São 19 linhas, o beat é produzido por DJ Tony Di, com Samples Voice do mestre Mussum. A música traz sobretudo ideias de auto crítica, numa espécie de código de conduta e as consequências das ausências destas práticas.
DJ LLOBATO – PALAVRAS PRETA:
Até o Fim
Primeiro lançamento do álbum, com vídeo clipe produzido pelo monstro Vras77. Até o Fim, traz o processos em construção, vivenciados. A importância do Rap como auto cuidado e construções de diálogos defendidos atualmente. A produção do beat por DJ Tony Di.
Corres Becos Avenidas
Inspirada na música Se não fosse o samba do mestre Bezerra da Silva. A música traz um clima 90, relembra a fase inicial do artista e suas correrias no rap. Desde das gravações no seu quarto até os eventos de rap que aconteciam nas periferias no final dos anos 90. Onde um caminhão era palco e a lona azul era teto.
Mantendo o Clima
O refrão traz versos do hino que o artista canta nos eventos realizados nas periferia desde da época dos primeiros shows com o Afavel (coletivo de hiphop) que Llobato íntegra, para a produção e colaboração musical DJ Tony Di, trouxe a essência da costa oeste do rap norte americano como referência. Em estilo que os artistas de Rap da Vila Joaniza já fazem a mais de 30 anos: “De pé nóis segue, favela não se rende, Então de pé nóis segue, favela não se rende, canta o DJ Tony Di em uma colaboração nos vocais inédita para ambos artistas, consagrando um estilo próprio de canto falado dessa parte da região sul da cidade, da periferia de sp”.
O Jogo (2022…)
E uma música repensada para 2022…, pensando numa série e continuidade, com novos acúmulos do artista, nesta faixa referências e liderança nacionais e internacionais do movimento negro são pontuadas. Bem como a busca por continuidade do artista, e seu processo de luta social contra o racismo estrutural e suas estratégias.
Preta na Cor
Aqui a estratégia de combate ao racismo e referência aos processos de acolhimento e companheirismo afetivos, bem como conceitos de amor preto no trouxeram, e salvaram a vida do artista. Que expõem várias vivências para promover o quanto sua companheira trouxe de volta ao jogo e o quanto o artista reconhece gratidão e amor nestas vivências entre o rap, o hip hop e a vida em cultura de rua familiar e afetiva.
Todo meu Respeito
Por fim, essa música foi construída por fragmentos de ideias do ideal de Hip Hop para o MC DJ Llobato. Que desde muito criança se envolveu com o Hip Hop e suas várias estratégias de diálogo:
“É mais que kit hype, ou roupa da moda a 30 anos atrás me disse que eu podia ser foda, me tirou do silêncio da invisibilidade, Sou grato ao rap em cima da laje, Sonhei com as mks, Muito mais que as cgs“. disse o artista.
Nas plataformas podemos ouvir o disco Palavras Preta e também no canal do YouTube do rapper.
